sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Ginger Snaps 2: Unleashed!!!


Um ano após os eventos narrados em Ginger Snaps, Brigitte tenta sobreviver e escapar da maldição da licantropia, que foi passada por sua irmã, Ginger.



Mas, eis que das sombras ressurgiu um antigo terror, que a persegue implacavelmente, deixando um rastro de sangue e morte pelo caminho atrás de Brigitte. Ainda fazendo uso da poção de acônito, Brigitte tenta desesperadamente se manter humana. Porém, ela não está sozinha: o fantasma de Ginger, sua irmã falecida, a acompanha, testando sua sanidade nos piores momentos.

Mas o mal que a persegue é implacável, e não vai descansar até conseguir o que busca:

Brigitte.

E dessa vez, Brigitte não estará sozinha.

Ginger Snaps: Unleashed continua de onde o original Ginger Snaps (link) parou, focando exclusivamente na irmãzinha morena (se o dinheiro desse...) Brigitte, e em como ela lida com a maldição da Licantropia, herdada de sua irmã, Ginger.

Vamos afundar neste mar de sangue, presas e garotas más!?



Ginger Snaps 2: Unleashed ou Possuída 2: Força Incontrolável (título no Brasil)  é um filme de terror canadense sobre lobisomens (ou lobismulheres!) dirigido por Brett Sullivan, com roteiro de Megan Martin, lançado em 2004. É a sequência de Ginger Snaps. 

Por assim dizer.

Indo além dos acontecimentos do filme original, Brigitte Fitzgerald (Emily Perkins), agora amaldiçoada e fugitiva, ainda usa o extrato de Aconitum para combater os efeitos da licantropia que transformou sua irmã em um lobisomem. Sua irmã Ginger Fitzgerald (Katharine Isabelle) morta no final do primeiro filme, aparece para Brigitte, como uma memória (ou assombração, dificil decidir) dizendo que ela é a cura mais rápida e que o Aconitum não é uma cura, mas apenas vacina temporária, e que cedo ou tarde, ela vai ceder a selvageria e fúria dos malditos.

Estrelado por Emily Perkins como Brigitte Fitzgerald (tchan!), Katharine Isabelle como Ginger Fitzgerald (tchan tchan!!), Tatiana Maslany, Eric Johnson e algumas outras atrizes e atores de menor renome.



Ginger Snaps: Unleashed, é muito mais gore e impactante que seu predecessor, porém, possui uma veia de humor negro muito mais marcante e intensa, o que faz toda a diferença na narrativa do filme, que é excelente!



Já deu esta história de spoiler, a partir de agora, vou colocar só essa imagem aí pra avisar o povo!

Continue por vontade própria.

Em Ginger Snaps: Unleashed, Brigitte tenta de todas as maneiras que encontra, fugir do seu destino de se tornar uma lobismulher (hum... me gusta!), e acabar como sua irmã, Ginger: uma fera irracional, sanguinolenta e cruel.

De posse da fórmula pra fazer a poção de aconitum, Brigitte começa uma jornada (ou fuga, tudo é questão de interpretação pessoal!), em busca da cura, pesquisando em livrarias tudo o que pode sobre lobisomens. E é em uma destas que ela percebe que está sendo seguida por outro lobisomem, provavelmente o Jason do filme original, que não conta o que acontece com ele.



Ao perceber que está sendo seguida, Brigitte resolver fugir, e no quarto do motel onde está, se aplica com uma dose muito forte de aconitum, o que a faz ter uma crise semelhante a uma overdose, e é encontrada pelo bibliotecário, que tenta ajudá-la a ir para um hospital.

Ela recusa, e o rapaz acaba colocando ela a força no carro, e uma vez que ela esta muito mal pra reagir, acaba entrando. Mas essa situação não dura muito, pois num piscar de olhos, o garoto é retalhado por um lobisomem animalesco, que o puxa pela janela do carro, e Brigitte tenta fugir, porém, desmaia no meio da neve.

Quando acorda, descobre que está "presa" numa instituição de reabilitação pública, onde tem todas as suas posses tomadas pela médica responsável, que começa a explicar que ela iria ficar "internada" até estar em condições de cuidar de si mesma. O que quer que isso queira dizer...



E o filme começa a ficar interessante a partir deste ponto!

Com Brigitte internada, junto com outras gos... oops, garotas problemas, numa instituição que fica no meio do nada, parcialmente em ruínas, rodeada por uma floresta e neve constante e incessável, e enfermeiro corrupto e canalha, avida não poderia ficar melhor para ela. A solidão, o isolamento (olha ele aí de novo!) e más companhias não ajudam em nada da "recuperação". Na verdade, estas garotas estão todas completamente ferradas.

Sério.

Ferradas mesmo.

Principalmente quando o outro lobisomem consegue entrar dentro do prédio da instituição, e começa a tocar o terror na vida da mulherada! Pensem vocês numa instituição fechada, semi arruinada, com vários corredores e salas abandonadas e escuras. Agora imaginem que as "internas", em troca de favores feitos em lugares excusos e escuros, conseguem ter acesso aos seus vícios e suas drogas.


Eu sei que isso já acontece perto do final do filme, porém, não deixa de ser poética a forma como o massacre acontece. E pensar que tudo é culpa de uma safadinha...

É uma pena que as meninas sejam tão mal exploradas pela narrativa.

Minha opinião

O filme atingiu o status de cult quase de imediato ao seu lançamento, e por ser uma sequência do incrível Ginger Snaps, foi criada muita expectativa em torno do filme.

Porém, o filme não teve uma rentabilidade tão grande quanto o primeiro, e apesar de ser mais sombrio e de ter um humor negro muito mais forte, a história por vezes fica meio sem rumo, mas isso passa rapidamente, e o filme volta ao seu ritmo tão rápido quanto saiu.

A trilha sonora é bem arranjada, com várias músicas "moderninhas" e bem ambientadas, bem condizentes ao ritmo do filme, mas em alguns momentos, a trilha dá uma escorregada e dá a impressão um terrorzinho adolescente. Mas nada que estrague o barato de assistir o filme

As atrizes Emily Perkins e Katharine Isabelle estão tão bem ou melhores que no filme original, e os outros atores também se mostram talentosos em seus papéis, que apesar de serem pouco explorados, nos passam a sensação de profissionalismo e competência dignas de um drama.


A fotografia do filme é um show a parte! Talvez a melhor parte depois da atuação das meninas malvadas, o local onde se passa a maior parte do filme é simplesmente agoniante! Um prédio antigo, que deve ter sido um sanatório antes de ser local das filmagens, tem tudo o que é preciso pra ser claustrofóbico e bizarro.

Salas cobertas com plásticos, utensilios médicos velhos e enferrujados, mesas, macas e outros aparatos tipicos de um hospital se encontram espalhados pelas salas e corredores, dando a impressão de ser um lugar realmente arruinado e decadente. 

Aliás, outra parte excelente são os insgihts da Brigitte. Em alguns momento, ela sofre de alucinações extremamente concretas e reais, chegando a tirar o seu equilíbrio e lucidez, deixando-a atordoada e perdida pelos vários locais dentro da instituição.

Outro detalhe muito bem explorado e interessante, é a transformação gradativa de Brigitte; suas orelhas crescem e ela as corta fora, seus pelos ficam compridos e ela raspa todo o corpo, as unhas começam a ficar afiadas e lá vai ela arrancá-las fora.

Simplesmente fodástico!



Curiosidades

- As filmagens foram feitas juntas às do terceiro filme, Ginger Snaps Back, inclusive o ator Eric Johnson atua nos dois filmes;

- A cena da terapia da masturbação merece ser assitida mais de uma vez;

- Embora Katharine Isabelle interprete a irmã mais velha de Emily Perkins nos filmes, ela é cinco anos mais nova que Emily;

- Emily Perkins interpretou a menininha do film "It, Uma Obra Prima do Medo, de Stephen King;

- Katharine Isabelle atuou no seriado Goosebumps, no episódio "It Came From the Sink".





Bom galera, assistam mais este filme, se possível na sequência do anterior, para aproveitarem 100% da história.

Tão bom quanto seu antecessor, é uma ótima escolha para assistir com a namorada/esposa/ficante, numa sexta feira à noite, principalmente se estiver chovendo e vocês puderem ficar a sós.

No mais, recomendadíssimo pra todos que curtem histórias de lobisomem, sem os clichês tão comuns e pouco criativos, e com reviravoltas no final.

E não, o filme não tem um final feliz.

Mas tem um final mordaz e bem humorado!